quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Apocalipse Acto II

Para ganhar pele, há que lançar a alma ao fungo da humidade. A carne não existe, ela é a crença que a dissolução ostenta em si mesma sobre si mesma e que a impede de se dissolver. Qualquer lugar que os sentidos da alma, ou seja, o corpo, perceba, é uma prova da irrealidade. O lugar é irreal, mas a estadia da alma naquele lugar, tal como a percebe, é real. É-se perfeito apenas no que jamais se atinge, mas por isso em tudo se é perfeito e o mundo é uma totalidade em harmonia, jamais coisa alguma se atinge num todo, mas tal facto é o acto. A consciência é o factor que ilumina este factor, sem ela, a perfeição não seria imaginada. Na consciência, o pilar do céu estrelado da perfeição é a percepção da culpa de em nada se atingir a beleza total, a beleza total seria um sono eterno e o esquecimento de si mesma. Por isso, as mãos trabalham com arrogância na evolução: toda a evolução é uma falácia diabólica e brutal.

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