sexta-feira, 22 de novembro de 2013

as ideias mais altas alteram o aspecto da nossa terra




Não escaves dentro das pedras
Os corpos dos anjos
Se sentes a serenidade de te ter
Por toda a parte
E eternamente intima a origem
Da Perfeição e das ruas,
E dos anjos...

Outra coisa
As bermas de cinco mil labaredas
Pelos meus campos de Concentração
Ou o "si mesmo" no fim dos
Objectos.

Envolta do Sol o céu é um único som
E a mudança faz todas as crianças
Poderem reinventar-se no chão.


André Consciência

A savage struggle between heaven and things.



Para começar, é uma sombra e atmosfera mais os olhos.

De súbito, endireitou-se, muito 
orgulhosa, muito orgulhosa dos seus 
desígnios, manter o ritmo inicialmente 
estipulado e a esfinge da morte.

As crianças brincam, nadando com a injustiça
Deus espantou-se, com claros peitos de neve 
E derreteu um pano molhado agitado 
Pela tempestade:
Um corpo que falta e que demos às Estátuas. 

Ó soltura das suas necessidades, angústias paradas! 
No relvado enevoado figuras de pedra basilar 
Todos os poetas são loucos são loucos
Porque a aliança que é suprema absorve 
A natureza voluptuosa. 
Mas eu desci com mil cheiros de incenso 
E penetrei-a até à Casa.

André Consciência


NOMES, O Homem


"Criança geopolítica assistindo ao nascimento do Homem Novo" de DALI



Desembocámos num rio com o Deus que corrói.
A massa negra desperta e voa
Reúne todas as graças
A própria beleza o determina:
Para votares tens de estar nu.

A sombra cada dia tira ideias análogas por uma dor antiga
Os flocos pousam nos cedros, dois peitos de neve derretem,
A trovoada começou, próxima, e nós deambulávamos
Desconsoladamente sobre uma aldeia coberta de branco.

Mas é preciso conhecer os felinos
Gastar a luz do céu
Os esvoaçantes grãos de mim.

Tudo o que existe, existe
E na vida, nunca soubemos agir
Com um sangue incorruptível,
Um dia todos nos esquecemos...


André Consciência