quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Promessas 6


Holy Grail - Edwin Austin Abbey


"Basta, não inflameis mais este fogo que me devora. Não é esta a morte que desejo porque me dá alegria e voluptuosidade demasiadas!"

Maria Madalena dei Pazi


"Uma luz deslumbrante brilhou de súbito com um ruído ensurdecedor que não era, de modo algum, um ruído; eles encontravam-se lançados na eternidade, num turbilhão de cores e de formas; depois houve um choque súbito e cairam cada vez mais baixo, mais baixo, mais baixo. Ele fechou os olhos aterrorizado, mais baixo, mais baixo, e eles continuaram a cair para sempre, mais baixo."

L. Langley


"Pareceu-lhe que ambos caiam vertiginosamente como num ascensor em que se tivesse quebrado os cabos de aço. De um momento para o outro seriam trucidados. Continuavam, ao contrário, a afundar-se no infinito e quando ela lhe enlaçou o pescoço, deixou de ser um desmoronamento, mas sim uma queda e, ao mesmo tempo, uma ascensão para além da consciência."

F. Thiess


"Havia (...) uma penetração funda, cada vez mais profundamente, para cima, para o alto, através da carne, através da obscuridade mole e ardente, intumescida, ilimitada, sem tempo."

J. Ramsey Ullman


"Sinto-te minha até à profundidade última, em mim assim como a alma se confunde com o corpo"

D'Annunzio


"É como se a alma penetrasse em todos os meus nervos."

Goethe


"Passou-se com ele qualquer coisa de misterioso, (...) Todo o seu ser se sentia penetrado como se lhe tivessem deitado na medula um bálsamo que o embriagasse instantaneamente. (...) Esta sensação não tinha começo nem fim, era tão poderosa que arrastava o corpo com ela, desligando-o do cérebro... Não eram os corpos que se uniam, mas a vida. (...) Nunca se inventaram palavras para exprimir este momento supremo da existência, do qual é possível ver toda a vida nua e inteligível"

Liam O' Flaherty


"Ele sentia ter chegado ao estado mais selvagem da sua natureza... Como mentem os poetas e todos os outros! Fazem crer que precisam do sentimento, quando o que precisam afinal é dessa sensualidade aguda, destruidora, terrível... até para purificar e iluminar o espírito é necessária a sensualidade sem frases, pura e escaldante"

D. H. Lawrence


"Por vezes, quando se encontrava nos braços dele, ela sentia-se invadida por uma espécie de torpor, quase clarividente, durante o qual julgava tornar-se, através da transfusão de uma outra vida, uma criatura diáfana, fluída, penetrada dum elemento imaterial puríssimo"

D'Annunzio


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