O coração flamejante em vermelho aguarda
Molhado e a
pingar, que uma mão em branco se lhe enterre
Na pele onde
se abre uma goteira e nenhum archote
Está aceso.
Mas quando o
cometa vermelho furar
Os
unicórnios comerão a Palavra,
Na noite, sorverei da alvorada o pão
Da terra, então terei erguido o capuz para ensombrar
O rosto,
esvoaçarei no interior do meu crânio
Como uma
traça apunhalada na chama de uma vela
E uma folha
incendiada, o corpo imóvel
Esculpido em
sal
Com a mão
branca a arder para manter afastado o frio.
André Consciência
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