sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Rapariga Na Escuridão


Colette Saint Yves





Era uma rapariga delicada
E estava nua com pequenos seios hirtos
E coxas redondas, numa mão
Um raminho de lírios,
Uma espada curta na escuridão fria
Da extinção das chamas a resplandecer
Com o seu rosto obscurecido voltado
Para as pedras, os seus passos
Perdidos no seu próprio sonho
Materializada no primeiro degrau
Da arcada, orlada pelos cabelos
Onde luziam raios de luz
Apontando delicadamente os dedos
Dos pés enquanto pisava.

Um sinal dos deuses, luz
Na escuridão, beleza
Entre os despojos.


André Consciência

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