terça-feira, 1 de novembro de 2011

Trémula II


Fuente de La Vida - Temple of Meus


O búlgaro atravessou o pátio
E subiu as escadas,
Ofegante.

Olhou para mim e inclinou
Ligeiramente, a cabeça.
Surpreendera-me a mim mesma.

Quando os venezianos começaram
A despir-se
O meu corpo pegajoso
Encontrava os nervos à flor
Da pele.

O homem, com a idade do meu pai,
Arrancara-me segredos.
Fizera-se acompanhar por seus dois
Sócios.

Um, cansado, bebia um copo
De chá. Agarrei a oportunidade,
Fui buscar o desejo ao inferior
Passei os lábios como qualquer outra
Rapariga recatada, fazendo algumas
Declarações introdutórias.

Refreei o júbilo e o aborrecimento
Despindo gentilmente os meus
Visitantes. Fiquei na galeria até eles
Aparecerem. Tirei o véu, passei os dedos
Pelos cabelos, e iniciei uma dança
Privada de triunfo. Um homem no pátio
Fitava-me sem expressão nas feições
Rapaces.

Acordei a meio de nus, tomando subitamente
Consciência do cansaço e da transpiração.
Entrancei devidamente os cabelos, ainda fazia noite,
Puxei o véu para a cabeça e retirei-me para o meu
Apartamento.


Horned Wolf

Sem comentários:

Enviar um comentário