quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Esperança
Hans Ruedi Giger
Marinheiros subindo aos mastros
A noite afundando-se por completo
Sentada no catre enquanto o barco
Começava.
Não resistiria, deliciosas
Covinhas e inteligência viva.
À noite, com os dedos o rosto
Com a Lua a encobrir o céu.
A vegetação nocturna estava fora
De nós uma enseada estreita
Para passar.
Os marinheiros levavam a esperança
O ferro clareava
A gente rezava por ventos favoráveis.
Uma coisa secreta, privada, especial
As noites que passara com ele no han
Pertenciam a uma fracção diferente.
No chão, às escuras, na cama.
Uma escuridão através da qual
Senti os movimentos do barco
E as vozes. Completa-me.
Babalith
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