A beleza nos não mata
Para que, pequenos
Sejamos suficientemente
Para nos não suportarmos.
Relógio sem ramos, uma árvore suspensa
E a flecha de nenhum lugar ser imóvel
Excepto em mim, com a trova do invisível
E imortal corpo do intemporal
É que a rosa é o futuro do homem
E por detrás das estrelas
O homem é o destino da rosa:
Alguma vez reparaste como uma grávida
Porta no semblante o abstracto?
Vê, como a aragem oculta as árvores
E as minhas vozes de longe se apercebem
De mim, de mim em eterno retorno a mim
E tudo isto ser através dos astros
Que caiem na permanência do céu.
Sh... os corações são espelhos verdes
Disseste-me um dia a olhar de olhos munida
Procurei a tua raiz e encontrei a morte
O sangue do abismo, a piscar os rios
As mães de outrora, o excessivo peso
Da boca esmiuçada e esmigalhada
Das profetizas do riso.
Ouve agora os caminhos à noitinha
Os prados da trovoada enquanto
Te afastas dos pressentimentos e destinada
Ao Sono; e as estrelas eclodem da terra
Para te queimar os pés dormentes
Que o não sentirão, porque te sabes
Morta outrora e infinitamente
E te lembras das frágeis raizes que
Afundadas e sendo sepulturas
Se afundam ainda, e que mesmo assim
Te elevas no olhar do anjo para o qual
Nada um dia morrerá, e enche-te de admiração
Pois somos nós, e mostra-me as catedrais
Os estranhos pilones,
E os espaços a cair para o sopro,
O nosso alento, sigo
Á minha frente Deus e atrás o teu declínio;
Porque o futuro da flor era abrir-se para sempre
Mas foi o excesso que a tardou
Porque se abre o espírito à forma e
Quando a forma se abre devido a isto
Morre, e o espírito ri, e é esta que é
A profecia do riso, e por isso é que a melancolia
Das árvores chove, e primeiro foi um grito
De horror ao riso, e depois a ave
Da necessidade de raso e até ao longe o expandir
É no sopé da montanha que se te abraça
E no sopé da montanha que se te chora
E a terra escura cai
Contra a chuva
Floresce.
Ah, MAS para mim, repleto de asas
Onde te vês precepitada na morte
Uma criança à bola atirar-se
O riso. O riso.
André Consciência