quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Solstício de Inverno
A chuva caia sem cessar
Pingava das árvores
Para aumentar a tristeza.
Ás quatro horas da manhã ajoelhou,
Beijou uma pena da asa do Arcanjo São Gabriel.
De madrugada, o monte estava vazio
O moinho, com as suas velas de linho
Dobradas e amarradas, rangia ao vento
Que fazia ondular a erva alta.
Uma vez estive contigo neste moinho.
Montei-te, para olhar para nascente.
Uma estrada vazia em direcção a anjos
Que bebiam inúmeros homens.
Há coisa nenhuma a gozar o ar da manhã
E eu não consigo abatê-la:
Rebentos de trigo e cevada
Condenados a morrer no Inverno.
André Consciência
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