quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sereia

A tua pele, luar com mar,
Esmeralda com azul;
O meu intelecto perde-se
No teu braço.

Sem dor, separação, perda
Os nossos relógios acabaram.

As luzes da cidade
Com fogos secretos
Sentei-me na janela,
A contemplar.

Quando a água evapora
Há mestres que se sentem sós.
Mas até à tua pele
Os seus passos hão-de ser
Salpicados e espumosos
O seus mantos cheirando
A mar.


André Consciência

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