sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Lua Apaga as Luzes



A Lua devasta os pinheiros
Dura os caminhos em que abre
As portas.

A Lua dependura
Os corações
De pernas ao alto.

A Lua torna
O Tempo da Morte
Em Espaço Brilhante.

A Lua é uma orgia de fadas
Em que bebemos a sede
E desorientados fitamos a fome.

Está frio
E no frio que está
As mulheres e os filhos
De todas as famílias
Congelaram.


André Consciência

Sem comentários:

Enviar um comentário