Ao blogue A Voz da Serpente no seu quinto aniversário
Miasma of Secretions - Babalith
I
Vede como é bela a sua cabeça em cascata
Uma mão globular com uma miríade invisível
De dedos ao Sol alegre das tempestades
Que o amor prende à delicadeza sua,
De mulher, a santidade um rio que bóia
Cantando o perfume das flores magoadas
Uma cor de céu a transmitir a Deusa.
II
Judeus, a cair dos pinheiros,
Dinheiro a escorregar das banhas
De um velho gordo
Asas recolhidas em abismos
Poças de sapo,
Homens de prudência tornados
Bandidos.
III
Um pedaço de tecto [abismo]
Num montículo de poeira à esquerda
Tu serás a minha lápide de terra
Esquece-me e solta-me
Uma estrela reparada por amantes
Nesse quarto inacabado
E eu adormecerei na tua campa dourada.
IV
Mortos, a tropeçar tempo adentro
Sobre os ossos da noite,
Colocam-se no altar
Da razão juíza
Os meus olhos expandem-se
Para lá da preocupação
No fogo aéreo
E sem desejo
Amanheço.
V
O silêncio do país desejado
A dormir quieto, de chuva branda,
As casas, ali, engoliram
Os jogos.
As árvores desceram, com seus ramos
E raízes, os corpos húmidos das crianças.
O sossego abateu os pássaros.
As ardósias retiram as dobras
Que restam à noite, fazendo-a
Lisa, abençoam o mal para criar
Caminhos, terra seca e água.
Horned Wolf
sexta-feira, 1 de abril de 2011
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Fizeste-me um menino muito encantado, lobinho irmão.
ResponderEliminarMuito, muito obrigado. Jamais me esqueceri deste momento.
Um fundo abraço!
P. S. O meu perturbante é o segundo.
Enquanto as Vossas vozes cantarem, ainda, a terra nunca será árida; e nem será a prudência a guiar os homens.
ResponderEliminarO meu abraço - e a minha vénia - aos dois.