quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Cubismo Hermético
O Pintor e o seu Modelo - Georges Braque
Solto dos ramos derretidos
O Sol acorda-me pela vidraça
E transpõe os instantes que o frio
Cristalizou.
Filetes de água de uma gravura,
Que se destrói.
Uma toalha brilha em alegria
Dentro da bacia.
Cobre-lhe a boca
A minha roupa desmanchada -
A cadeira abandonada à dormência da manhã.
No espelho não há frio e abro a janela.
A invasão do Sol sem tempo
Um estranho mundo de plástico.
Golpes avulsos ressoam nuvens num céu de vidro.
Portas que se transformam em lenha,
A lenha em lume.
Subitamente, o pátio ecoa pelo buzinar forte
Os ramos de azevinho consomem-se também
Nas dobras dos sinos.
Horned Wolf
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