sexta-feira, 25 de maio de 2012

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I

Pela espuma da manhã, passam,
Nus, os teus membros.

Saúdo-te, os teus seios pintados
Num poema que do corpo não fala
Nem descreve a sombra alta
Do teu vulto na manhã.



II

A espuma do crepúsculo rende-me
E o corpo,
Despido e vencido
Debaixo daquela manhã
Descreve-te horas a fio com vento
Que me passa na pele, no cabelo,
No papel.


André Consciência

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