sábado, 14 de novembro de 2009

O 13º Cavaleiro de Vénus


Alma a Vagar na Pradaria - Guilherme de Faria


O cavalo golpeia o rio
Branco como o Sol
Nunca foi montado
E nunca atravessado.

De noite, o cavalo dorme
E sonha, os banquetes de homens
Perdidos na fluidez
Do chão.

O cavaleiro monta a morte
Negro como o breu
E da Lua, vê a sorte.

Se o Sol o acorda, com a brisa
Não se lembra da sua donzela
E as suas mãos são pedra selada
Contra rosa.

Vai, depois, uma morte
Acender tantas
Que a inocência oculta
E o azul sepulta.

Agora o lago, sacia
Bandos de cavalos selvagens.
O céu trespassa os exércitos
Vertendo penas, são carcaças.

Horned Wolf

3 comentários:

  1. Fico muito contente por saber que o meu blog colhe o teu agrado, O Horned One! ;)

    Sou um grande admirador da tua poesia.

    Abraço lusitano.

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  2. E assim pisará a terra
    Pejada de corpos moribundos.
    Largando a espada e o arco no solo,
    Vergar-se-á, abraçando-se a si mesmo,
    E chorará um rio que alimentará
    A terra sedenta que nova vida.

    Abraço

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  3. *não é (que) mas sim (de), na ultima linha... :/

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