sexta-feira, 15 de maio de 2009

Política






Anarquismo

Como doutrina politica pretende eliminar o estado e emancipar o sujeito social, a meta è a felicidade inerente a qualquer um pela liberdade.
Preceitos:
. As instituições são más, o indivíduo é bom.
. A vontade e a razão de cada membro de uma sociedade è a ordem e a harmonia da mesma.

Ironicamente, o primeiro teorista do anarquismo foi um padre britânico de nome William Goldwin. Segue-se-lhe Pierre Joseph Proudhon, um socialista francês que tinha em 1840 publicada a sua obra “O que é a Propriedade?” A sua resposta “é o roubo”. “A Filosofia da Miséria” é publicada em 1846, este sugere uma grandiosa transformação nas unidades de produção pela troca livre de produtos entre as associações de trabalhadores. Instalava-se o crédito gratuito e os juros terminavam. As classes sociais perdiam o lugar.

Mickhail Bakunine, outro teorista do anarquismo, era um revolucionário russo que se opôs ao Marxismo e que participou, em Paris e em Praga, nas revoluções de 1848. A ele junta-se o príncipe Piotr Kropotkine de Moscovo, um outro teórico do anarquismo e revolucionário que contem entre as suas publicações “Palavras de um Revoltado” de 1885, “A Conquista do Pão” de 1888 e “A Anarquia, Sua Filosofia, Seu Ideal”, de 1896.

Em 1845, o alemão Kasper Stirner publica “Der Einzige und sein Eizentum”, que faz dele, filosofo anarquista radical, o percursor do existencialismo ateu.

Em 1921, Kronstadt, dá-se a insurreição de marinheiros e operários contra o governo soviético. Em 1936, a guerra civil de Espanha, durante a qual Buenaventura Durruti, um anarquista de Madrid organizou a Coluna Durruti que procurou libertar Saragoça contra os franquistas. Morre na defesa de Madrid. Mas aqui o anarquismo foi suprimido pelo comunismo a partir de 1937.

Oliveira Martins, um publicista português, traz a influencia de Proudhon (“O Socialismo na Monarquia” – 1945), unido a Antero de Quental, Pedro de Amorim Vieira (“Defesa do Racionalismo ou Análise da Fé” – 1866); Lopes de Mendonça e Francisco Maria de Sousa Brandão, que contribuiu para o “Eco Operário”.

Em Portugal, toda a divulgação foi abolida em 1927, surgindo alguns agrupamentos políticos novamente após o 25 de Abril.
Ainda em português, mas no Brasil, encontramos José Rodrigues Leite e Oiticica, tendo estado preso por ser partidário desta doutrina politica. Entre as suas obras podemos encontrar “Sonetos” (1911 – 1919) e “Princípios e Fins do Programa-Anarquista” (1919).




Monarquia

Monos – Só
Arakhein – Comandar

A monarquia é o mais antigo dos sistemas políticos.
Originalmente, o monarca era um deus por direito, elegido pela Divindade, numa monarquia absoluta. A partir da Idade Média o Rei, influenciado pelo ideal cristão, passava a ser aquele sagrado e ungido com a seguinte missão por deus herdada: proteger a Igreja, exercer a Justiça, instalar a Paz no Reino. Mais tarde, Filipe IV, o Belo, opõe-se firmemente ao Papa Bonifácio VIII, em 1301 o Rei acusa o Bispo Pamiers de traição e o mesmo é encarcerado. Pela sua mão, muitos dos principais chefes dos templários foram queimados em 1310 e 1314.

Na época moderna veio à luz a monarquia parlamentar, em que os poderes do Rei se encontram condicionados a uma assembleia eleita, no caso da Inglaterra. No caso da França, o Rei, apesar da monarquia absoluta, encontrava-se submetido às “leis do Reino”.

Hoje em dia, porém, a inspiração liberal deixou os reis com direitos extremamente reduzidos, sendo que os republicanos levaram a monarquia, na maior parte dos casos, ao desaparecimento. Foi fora da Europa, como por exemplo Marrocos, que a monarquia preservou os seus aspectos tradicionais.

A Monarquia do Norte:
Foi uma revolução dada após a morte do presidente Sidónio Pais, há apenas 91 anos, em que os monárquicos proclamaram a monarquia no Porto a comando de Paiva Couceiro. Cerca de um mês depois, a Monarquia do Norte findava às mãos de uma contra-revolução republicana.

Há apenas 29 anos o Partido Popular Monárquico elegeu cinco e seis deputados, tendo ocupado cargos governativos.

A aristocracia vem de aristos (excelente) e kratos (poderio), representa a nobreza, homens exímios em sabedoria e justiça, é uma elite de talento que foi reduzida a moedas, notas, um último nome e um brasão constantemente desonrado.

Sugiro vivamente esta leitura dos valores monárquicos por Manuel Abranches de Soveral.



De resto, uso-me das palavras de D.H. Lawrence:

"Temos uma vasta população industrial que tem de ser alimentada, portanto a maquina tem de continuar a trabalhar, custe o que custar. (...) Os homens não tem energia, sentem-se como que perseguidos, mas não reagem. De resto, nenhum saberia o que fazer, embora todos falem. Os jovens queixam-se de não ter dinheiro para gastar. A vida deles depende exclusivamente do dinheiro, e não o têm. Na nossa civilização, e devido à nossa educação, a massa depende inteiramente do dinheiro que pode gastar, e agora há pouco. (...) As mulheres estão desesperadas, mas também são as que gostam de gastar dinheiro.
Se ao menos fosse possível explicar-lhes que viver e gastar dinheiro não significa o mesmo! Mas não vale a pena. (...) Se os homens usassem calças vermelhas, como eu costumo dizer, não pensariam tanto no dinheiro. Podiam dançar e saltar e cantar, pavonear-se, ser elegantes e precisariam de pouco dinheiro. E poderiam divertir as mulheres e as mulheres poderiam diverti-los. (...) Esta é a única solução para o problema industrial: treinar as pessoas para conseguirem viver, e viver bem, sem necessidade de gastar. Mas é impossível. Hoje em dia as pessoas são limitadas, e a grande massa nem mesmo procura pensar, porque não sabe: devia ser viva e alegre e adorar o deus , que é o grande deus das massas. A elite pode ter outros cultos, mas seria melhor que fossem pagãs.
Mas os mineiros não são pagãos, muito longe disso. São uma gente triste, morta, morta para o amor, para a vida. Os mais jovens andam com as raparigas nas motos e vão dançar jazz quando podem. Mas estão mortos por dentro. Para tudo precisam de dinheiro, e o dinheiro envenena quando se tem e quando não se tem. (...)
Aproximam-se maus dias. Se as coisas continuam assim, no futuro só nos resta a morte e a destruição das massas (...) (Mas) Todas as calamidades que assolaram o mundo jamais conseguiram apagar os corações (...)."

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