dedicado à santa
O sangue correu para dentro
E docemente, correndo
Em enchente até aos recifes,
Ela de pé delicado e cabelo de mel
Para acender a estrela no altar
E proteger a noite do seu despertar,
Espírito de Eva, no jardim sem espinhos
Abriu a boca muda num inchaço lunar:
Vaga que varre as baías, sonhos sem pé
Negro a dourar com a graça de virgens
Coração do meu coração a casar
A noite em silêncio.
E escala às estrelas em pulso com o Inferno
Alegra-te, dança, tremuleia e alegra-te
E que tudo esteja bem.
André Consciência
Sem comentários:
Enviar um comentário