
Estrelas - Autor Desconhecido
Tu, que sabendo a noite
Com almas cansadas de sangue
E alegres de vinho
Foste enviada como anjo
Na hora tremeluzente
Em que os astros marejados
Com os mantos púrpura
Da piedade, e me encontraste
Na minha cadeira de coisa nenhuma,
Sonolento, com poesias
De hora alguma.
Fizeste nascer duas árvores
De prata dourada, no peito
Onde havia a espada
Que guardava a alegria enclausurada
No começo das flores vestidas.
És alta, tão alta que o não vês,
Eu descanso a teus pés
A raiz profunda, e a noite está quieta
A receber os teus cabelos.
O mar no teu corpo, beija-nos
Com a música de um louco
E em círculo vão as mãos
Moer o vidro da vileza.
Quem quer que a ti chegue
Crescerá em fortaleza.
Horned Wolf
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