Escorrem cinzas na estalagem do tempo,
deslizam espelhos desinteressadamente,
silenciosamente, e na sua sabedoria
caímos, como mancha vítrea
quebrada ao embate claro.
Sei o incêndio. Sei a pilhagem dos anjos,
os meus despojos na neve e ninguém
me segue.
A noite não é calcada, e sem se ferir,
lança a noite as estrelas para sacrifício,
os homens espalham-se e esfarelam-se.
Não existe nenhuma marca
que possas ver sobre mim,
mentiram-te, as escrituras,
a noite não pode ser marcada
nem medida, e é a noite que
rodeia a minha fronte.
André Consciência
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