Holy Island, Scotland - Kevin Temple
XII
Magos
Moveram-se para o oleado interior
Do Pacífico.
XIII
Vê-se
Uma película cintilante
Um formigueiro que atravessa
Todas as barreiras.
O Tritão, à porta
Arregala ainda mais
Os olhos.
Corta o Peixe-Serra
Que aumenta de tamanho
Com a faca da bancada.
XIV
O Peixe-Broca, o Peixe-Machado,
E o Peixe-Brilho, com uma luz azul
No alto da cabeça.
Estranho espaço de areia limpa
A arena é ao mesmo tempo uma saída
Para o exterior.
Poisada, muito direita
A caveira humana vomita
Musgo: uma voz
Dentro da tua cabeça
Remexe a água luminosa:
Vaga forma humana
Capitão da marinha, morto
Pela amotinada traição.
Ossos espalhados e comidos por fauna.
XV
As criaturas das profundezas permitem-vos a paz
Enquanto lêem: Urnas entaladas entre rochas e cobertas
Com verdete.
Escadarias de mármore e grandes portões de bronze
Corroído.
Escancarado, lá dentro, enorme e gordo
O escorpião. Corais sólidos e cinzentos, criptas de pedra
A parir estátuas, nobres figuras humanas,
Altivas feições de peixe, onde escrevo inscrições
Desconhecidas, coroas de jade verde
Com golfinhos encadeados uns nos outros.
O Oceano:
Uma voz tão profunda como a vibração dos ossos.
XVI
Um remoinho para a escuridão
Luz fraca sob o abismo escuro
A sala está iluminada a vermelho
Velha e murcha, a bruxa-do-mar
Toma banhos-de-vapor,
Um ajuntamento de Tritões em seu redor.
Eu, o poeta, sento-me numa mesa tosca
Cá fora, as grandes mãos escrevem
Com membranas estendidas,
Num anel de latão esverdeado
Em forma de espiral.
XVII
Na área rochosa e funda no mar
Existe um edifício, de tijolo,
Rodeado de seixos cobertos de algas,
É habitado por enormes caranguejos
Comidos em permanência por minúsculos
Parasitas.
Horned Wolf
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A tua poesia é magnífica, meu irmão!
ResponderEliminarUm grande abraço!
P. S. «Uma voz tão profunda como a vibração dos ossos.» - e vai para o Bloco de Ossos. ;o)